quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sinopse Carlota Joaquina, a princesa do brasil - filme de carla camurati.

Este filme dirigido pela cineasta Carla Camurati, lançado em 1995, mostra a trajetória da Infanta espanhola Carlota Joaquina, que se casa com o Príncipe Dom João, que mais tarde assumiria o trono português. O filme tenta retratar, pelo foco da comédia, além da vida da Infanta; o período no qual a corte portuguesa se instala no Brasil. Esta transferência da Corte portuguesa se deve as conturbadas reações à Revolução Francesa, que ameaçava as monarquias Europeias. No embate entre Ingleses e Franceses, Napoleão dá um ultimato a Portugal, aliado do Ingleses; ou Portugal fechava os Portos à Inglaterra ou seria invadido. Diante deste ultimato francês, D. João VI, com o apoio dos Ingleses, decide transferir a Corte Portuguesa para a Colônia - Brasil. Em 1808, as naus trazendo a Corte Portuguesa chegam a Salvador. Alguns meses após, a Corte desembarca no Rio de Janeiro, com o intuito de se estabelecer por um período mais longo. A colonia, carecia de toda infraestrutura necessária à Corte. Assim, entre conchavos, acertos escusos, peripécias sexuais da Rainha Carlota Joaquina e de sua corte, retratados no filme, Dom João VI começa a administrar a estada da Corte na Colonia. Embora o filme não mostre, os fatos citados aconteceram no desenrolar da história representada no filme, assim, D. João libera inicialmente a atividade industrial na colonia, cria o Banco do Brasil, permite a fundação de jornais, em termos educacionais: cria a academia militar, academia naval, escola de cirurgia em Salvador, Academia de Medicina e Cirurgia no Rio de Janeiro e um Biblioteca também no Rio de Janeiro. Estas academias marcam de forma oficial as primeiras iniciativas em desenvolver o que seria o sistema educacional brasileiro. Cabe destacar a óbvia conclusão de que o intuito destas academias era suprir a Corte portuguesa instalada na colonia e não oferecer aos habitantes nativos um sistema educacional. Logo, este descompasso entre o que a classe dominante oferece e o que as classes menos abastadas necessitam, ainda se faz notar. Contudo, as classes dominantes estão “entendendo” que se o meno favorecido não tiver boas condições de vida, a “boa vida” das classes dominantes está ameaçada. No meu entendimento, é um pena que este processo de sensibilização das classes envolvidas leve tanto tempo, pois, nossa geração, pouco verá o frutos deste processo, mas, nos cabe a doce certeza que plantamos as sementes dos frutos que não veremos daqui debaixo, mas, quem sabe, os veremos lá de cima, o que também é maravilho. Individualmente somos breve, coletivamente somos eternos.

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